Empresas têm recorrido cada vez mais a dados e inteligência artificial para personalizar experiências. O movimento, porém, desperta desconfiança: consumidores querem conveniência, mas exigem transparência e controle sobre suas informações. O equilíbrio entre esses dois polos se tornou um dos maiores desafios para o relacionamento com clientes.
A pesquisa State of the Connected Customer 2024, da Salesforce, expõe o dilema: 73% dos consumidores esperam personalização, mas 62% se dizem desconfortáveis com a quantidade de dados coletados. Ou seja, há desejo por experiências customizadas, mas também cobrança por privacidade.
A McKinsey reforça o impacto do tema. Em artigo publicado em janeiro de 2025, a consultoria aponta que a personalização impulsionada por inteligência artificial pode gerar até US$1 trilhão em valor econômico adicional globalmente. O estudo ressalta, porém, que o benefício só se concretiza quando a troca é clara para o cliente e o uso dos dados é responsável.
Já a Forrester (2025) identifica diferentes perfis de aceitação: 40% dos consumidores aceitam experiências altamente personalizadas quando percebem vantagens claras, enquanto 30% resistem e preferem interações anônimas. A análise reforça que segmentar os clientes conforme sua tolerância à personalização é mais eficaz do que aplicar estratégias únicas.
O que isto significa para operações de atendimento?
Segundo Renata Guilherme, algumas ações são decisivas para garantir experiências consistentes:
“No fim, a personalização não é sobre quantidade de dados, mas sobre como usá-los de forma eficiente. O futuro do relacionamento entre marcas e clientes está em criar experiências relevantes, seguras e transparentes. É assim que pensamos e agimos na Actionline”, conclui Renata.